E sobre como ele será bom para o N900, e também de porque as pessoas devem parar de se preocupar com ele, e voltar suas atenções para o uso atual do aparelho e aquilo que ele possa ser capaz de fazer no futuro, ao invés de cria pânico.
O autor do post trabalhou no último ano no Mer (sistema alternativo ao Maemo, totalmente feito pela comunidade), e também em portar o Maemo 5 para o N800/N810.
Vou colocar apenas trechos do post completo, já traduzidos.
Antes de tudo, vamos olhar para a nossa matéria-prima – o N900. Você vê um telefone celular. Ele requer atualizações do fornecedor para obter novos recursos, e ele irá parar de receber atualizações quando o vendedor deixar de cuidar e não há nada que possamos fazer sobre isso.
Já eu vejo um computador móvel. Lembra-se de seu PC? Da mesma forma que você pode instalar o Vista ou XP ou mesmo o Ubuntu ou outros sistemas operacionais, isso é possível no seu N900 – você não tem que confiar em seu fornecedor de hardware para fornecer um sistema operacional para o dispositivo. Em um PC, você depende deles fornecendo drivers para o seu computador. É a mesma coisa num N900 – drivers, kernel, gerenciamento de bateria e assim por diante.
Então, a primeira pergunta que você deveria fazer é:
“A Nokia como um fornecedor de hardware continuará a fornecer drivers para o N900 para MeeGo e Maemo 6? (eles dedicarão recursos para fazer isso ou ajudarão a comunidade a fazer por si)”
Se a Nokia fizer isso, é óbvio que as versões da comunidade para o N900 do MeeGo e do Maemo 6 podem existir. Mesmo que os fontes não sejam open-source – a Nokia é muito flexível neste aspecto e mostrou isso no passado.
Aqui entra a primeira grande diferença que as pessoas ainda não perceberam. A maioria veio para o N900 depois de um Symbian. E no Symbian você dependia única e exclusivamente da Nokia para ter atualizações de firmware. Não é assim no Maemo!!! Ou melhor, é….mas não precisa ser! Basta por exemplo instalar o Ubuntu Mobile, o Mer…
“Você acredita que a comunidade é capaz de produzir com qualidade o MeeGo ou Maemo 6 para o N900, se tiver assistência técnica da Nokia para problemas de drivers? E pretende usá-lo?”
Próximo passo. Você está preocupado que está ficando para trás em termos de aplicações de terceiros feitos para Maemo6 e Meego.
Não, porque são orientadas a utilizar a biblioteca “Qt”, que já temos no N900, mesmo no Maemo5. Vimos também as bibliotecas de interface com o usuário (UI) do Maemo6/Harmattan em execução no Maemo5. Com o que você está se preocupando? Parece-me bastante compatível. Com OBS em MeeGo, seria mesmo possível reconstruir para o Maemo5 com pouco esforço.
Essa questão seria então:
“As aplicações codificadas para MeeGo/Maemo6 podem ser compiladas para Maemo5 com pouco esforço?”
Isso já cai exatamente no que eu disse: você não programa para um sistema operacional, mas para uma determinada biblioteca. E em qualquer sistema operacional que essa biblioteca exista, o programa poderá rodar (com mais, menos, ou talvez nenhuma alteração).
Também depende de recursos do hardware (se o N900 não tem lasers, claro que o “Evil Mastermind” que exige lasers em seu dispositivo não vai funcionar).
A questão seria então:
“A Nokia usará as API’s multiplataformas do MeeGo para trazer seus softwares para todos os dispositivos que rodam a plataforma MeeGo (da comunidade ou de outro fornecedor)?”
Agora, será que podemos parar de nos preocupar com todas essas coisas e amar o fato de que nós estamos tendo um dispositivo tão aberto quanto um PC para uma comunidade trazer-nos as coisas quando uma entidade empresarial não pode? E que estamos começando uma plataforma totalmente aberta (MeeGo) que pode facilmente chegar em nossos dispositivos. E, mesmo assim, Maemo5 tem uma vida longa pela frente ainda. Você não está sendo esquecido após este anúncio.
A minha recomendação é começar a fazer este conjunto de perguntas de uma forma construtiva. Pânico não é a solução aqui – olhar para o que é realmente possível e o que (você pode) fazer para ajudar a situação. Pânico certamente não ajuda e apenas cria ruído, e nada é feito.
fonte: Maemo.org