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Problemas de memória no N900?

Sim!! Pode acontecer! Mas não é algo parecido ao que acontece em outros aparelhos. Não é exatamente falta de memória para rodar aplicativos, mas sim para instalá-los.

Mas como assim?? O aparelho não conta com 32GB de memória? Sim…e não.

No Windows, o “C:” é uma partição, o “D:” é outra, o “E:” outra…e assim vai (eu sei que pode não ser exatamente assim, mas para a esmagadora maioria dos usuários é). Pois os sistemas GNU/Linux não contam com partições! Apenas diretórios…e você “monta” a partição num diretório.

O aparelho conta, na verdade, com 4 partições: a raiz (com 256MB), a “/home” (com 2GB), a “/home/user/MyDocs” (com 27GB) e a “/media/mmc1” (que é o cartão de memória).

E esse sistema de arquivos provoca alguns problemas…por exemplo, os programas só podem ser instalados (por enquanto, quem sabe não mudam isso) na raiz ou na “/home”. Percebeu o problema? Pode chegar um momento em que mais nada poderá ser instalado no aparelho por falta de espaço, já que temos um limite de 2.25GB!

Alguns usuários já estão com um problema derivado disso…e que eu passei ontem. Muitos programas dos repositórios de teste e desenvolvimento são instalados na raiz. E ela é pequena! Resultado? Lotou!! Sem contar um outro bug, já conhecido, que faz com que arquivos desnecessários não sejam apagados dela…só uma reinicialização do aparelho resolve.

Também não adianta tentar reparticionar para aumentar o tamanho da raiz, pois ela fica numa memória separada da principal (é outro chip).

Eu não acredito que alguém vá encher tão rapidamente o aparelho de programas, e que muito menos vá utilizar todos os que instalar! A única coisa que deve ser verificada é se o pacote que se está instalando está otimizado para o N900, de forma a que ele não seja instalado na raiz (que é o padrão), mas sim na “/home”. Essa “otimização” nada mais é do que um empacotamento especial do programa….não é recompilação nem nada disso.

A única forma segura de ter certeza que foi otimizado é instalar programas apenas dos repositórios oficiais (nada dos repositórios de teste ou desenvolvimento). E tampouco instalar programas diretamente pelo terminal.

Claro que há outras formas de contornar o problema e colocar os programas onde você bem entender….mas há poréns, como o sistema de arquivos utilizado (a partição grandona, de 27GB, é uma partição VFAT, mais lenta que as partições nativas do aparelho)…além de serem coisas mais avançadas, onde o usuário estará sujeito a fazer grandes besteiras.

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Ovi Maps

Infelizmente, existe uma única palavra para definir a versão do Ovi Maps que veio no aparelho: decepcionante.

Há coisas que até o finado Nokia Maps, na sua versão 1.0, já fazia e que esta primeira versão para o N900 não faz. E coisas que fazem uma diferença tremenda entre considerar o programa apenas um enfeite ou considerá-lo efetivamente utilizável.

E não me refiro à falta da navegação por voz…mas ao simples fato do programa sequer refazer a rota quando você sai do planejado! Aliás, a sensação que eu tive quando testei a navegação é que na verdade ele traça a rota, a desenha na tela, e à partir daí simplesmente mantém a tela centralizada no local onde você está.

Eu concordo que querer o Ovi Maps 3 do Symbian totalmente portado pro Maemo seja querer demais neste momento…..só que a Nokia está correndo o sério risco de perder clientes, caso não ofereça rapidamente uma solução satisfatória para isso. Afinal de contas, a Sygic divulgou que até o final do ano terá a sua solução portada para o Maemo 5.

Pelo menos é possível ter os mapas pré-carregados no aparelho. Ou seja: contando com a ajuda de um navegador (humano), é possível utilizar o N900 para traçar rotas, e sem necessidade de conexão com a internet. Mas isso não é o bastante…

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A bateria

Pelo menos nesta primeira versão, a bateria parece ser um grande gargalo no aparelho. Não passa um dia sem que eu tenha que recarregá-la pra não correr o risco de ficar na mão.

E algumas coisas ainda contribuem para drenar mais ainda a pouca energia dela: a falta de atenção! Pois é….eu coloquei no desktop que considero principal alguns atalhos e widgets. Um desses widgets é o do transmissor de FM (o que está ao lado inferior direito).

E hoje de manhã, depois do aparelho ter passado quase que a noite inteira ligado na tomada, fui ver um SMS, e antes de bloquear o aparelho passei o dedo, sem querer, nesse widget….ligando o transmissor!

O resultado foi que lá pelas 2 da tarde eu olhei pro indicador de bateria e ele já estava no amarelo. Lá vamos nós para mais uma carga…..depois de desligar o transmissor, claro. E também removê-lo da tela principal, já que não é algo que será assim tão utilizado a ponto de precisar um atalho ali.

Algumas providências eu já tomei para poupar o máximo de energia possível, como deixar o bluetooth sempre desativado, e também não deixar que ele procure automaticamente por uma rede de dados disponível (seja a rede da operadora, seja wi-fi).

Comprei no eBay um recarregador veicular pra ele, e espero que não demore muito pra chegar. Pelo anúncio, é original e novo. Acho que vale o risco pela diferença de preço: aqui no Brasil esse recarregador custa cerca de R$60,00 em lojas online….lá está US$12,00, sem cobrança de frete. Mesmo que queiram cobrar o imposto de importação, ainda sai mais barato que comprar aqui.

Luzes de notificação

N900_black_front_img290A luz é pequena, no canto superior esquerdo, mostrado no círculo vermelho da figura ao lado.

Originalmente, ela mostra 4 estados possíveis:
– branca: acende e apaga aproximadamente a cada 10 ou 15 segundos, apenas para indicar que o aparelho está ligado
– laranja: acende e apaga, continuamente, indicando que a bateria está sendo carregada
– azul: pisca para informar que há um novo SMS, novo email, chamada não atendida, ou qualquer coisa no estilo
– verde: fica sempre acesa para avisar que a bateria já está carregada

A definição do que deve ser mostrado é feita na seção de “configurações”, “luz de notificação”.

Mas as possibilidades dessa luz são infinitas, pois ela não se resume a apenas essas 4 cores! Na verdade, essa luz é formada por 3 leds: um vermelho, um verde e um azul. Alguém lembrou do padrão RGB?

O que determina a cor efetiva da luz é o brilho que se manda exibir em cada led. E como fazer isso? Simples…como root executar o seguinte comando, no terminal: echo 9999 > /sys/class/leds/lp5523\:r/brightness

O número 9999 significa o brilho máximo do led especificado. E o que especifica o led é aquele “r” perdido ali entre os dois pontos (“:”) e o “/brightness”. Isso significa que estamos mexendo no led vermelho (red). Para o led verde, basta colocar “g”, e para o azul, um “b”.

Aliás, talvez seja interessante uma explicação de porque tantas barras nessa linha. A barra normal (“/”) significa um diretório. Isto é, no caso, estamos acessando o arquivo “brightness” que fica no diretório “lp5523:r”, que fica no diretório “leds”, que fica no “class”, que fica no “sys”. Aquela barra invertida entre o “lp5523” e o “:r” é necessário porque o caractere dois pontos tem outras funções. Então quando queremos nos referir a ele, é necessário colocar a barra inversa para dizer que é o caractere que conta, e não a sua função!

Por exemplo, se tivéssemos um diretório contendo espaços no seu nome, como “meus documentos”, para entrar nesse diretório seria necessário digitar “meus\ documentos”, para indicar que o espaço faz parte do nome.

fonte: Maemo.org

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Primeiras impressões

Depois de alguns dias usando o aparelho, há algumas coisas que podem ser ditas sem medo de errar:
– não é um aparelho para usuários leigos, que queiram ter tudo na mão de forma fácil! Invariavelmente, em algum momento, você será obrigado a entrar no terminal, como em qualquer distribuição GNU/Linux
– há um problema crônico de bateria. Definitivamente, me parece que a Nokia não consegue acertar na bateria dos seus aparelhos top de linha (alguém lembra do N95 prata? Ou da primeira versão do firmware do N97?)
– a tela às vezes não reconhece onde você efetivamente colocou o dedo
– os aplicativos disponíveis para ele ainda são poucos

Mas o principal, que parece que muita gente não consegue entender: ele não é um celular! Se você procura por um aparelho que tenha muitas funções de telefonia, como agrupar contatos, colocar toques diferentes em cada contato/grupo, ou ainda a possibilidade de utilizar o aparelho tanto em modo retrato (em pé) como paisagem (deitado), esqueça-o!! Pelo menos por enquanto.

Há coisas que precisam ser melhoradas nele, como por exemplo poder organizar os ícones do menu principal em grupos, ou ordená-los alfabeticamente. Também melhorar a resposta ao toque dos dedos (comentado acima).

E até um bug eu já encontrei (pelo menos no meu aparelho): ao ligar o cabo USB para fazer a recarga da bateria, se o aparelho estiver com a tela desligada, nada acontecerá! É necessário mandar exibir a tela, e só então colocar o cabo. Isso acontece pois, pelo que andei lendo, parece que a recarga da bateria é feita por software!! E devem ter esquecido de deixar esse software ativo quando o aparelho estiver com a tela apagada….

Apesar dessas ressalvas, o N900 é um senhor aparelho!! E eu tenho quase certeza de que em cerca de 2 ou 3 atualizações de firmware ele chegará quase à perfeição. E também acredito que muitas das deficiências dele poderão ser sanadas por softwares de terceiros.

Algumas coisas são realmente impressionantes, como a configuração do aparelho na rede de telefonia. Normalmente, quando você coloca um chip num celular, começam a vir algumas mensagens da operadora com informações sobre conexão à internet, acesso WAP, envio de MMS….pois bem, ao colocar o chip da Vivo no meu, não veio NENHUMA mensagem, e tudo já estava automaticamente configurado. Com o aparelho do Lito e chip da TIM foi a mesma coisa. Exceto, óbvio, a parte do MMS, que deve vir apenas no próximo firmware.

Eu só tive um susto com o chip da Vivo, no qual o telefone não entrava na rede 3G. O problema era apenas de configuração do N900, que estava para usar somente a rede GSM.

A qualidade das chamadas que fiz até agora foi satisfatória. Só os falantes dele que não são muito potentes! Parece que os falantes do N95 “gritam” muito mais. Mas isso também pode ser apenas uma questão de atualização.

A navegação na internet por ele é muito interessante. Ele só peca, claro, pelo tamanho! É um pouco difícil clicar num link numa tela do tamanho da dele. Mas todos os sites visitados até agora foram mostrados perfeitamente, e fiz testes entrando no internet banking do Bradesco e do Itaú, assim como no serviço de notas fiscais eletrônicas da Prefeitura de São Paulo (que nem no Firefox do Linux entra direito), e foi tudo quase perfeito: só o site da Prefeitura criou problemas ao digitar meu CPF, pois o script que faria a formatação dele não funcionou…então tive que colocar a pontuação “na mão”.

As mudanças de telas são suaves, sem solavancos, demonstrando o poder do processador e do chip gráfico.

Sobre o GPS e programas que o usam, vale a pena fazer outro post.

Lista de aplicativos úteis

Esta é uma pequena lista de alguns aplicativos que instalei, e que achei muito úteis:

load-applet: ele cria um ícone na área de status, mostrando a carga da memória e também da CPU, assim como permite também criar screenshots e screencasts. Na verdade, os screencasts não estão funcionando ou eu que não estou sabendo fazê-los (círculo verde da imagem 1 e retângulo vermelho da imagem 2).

Simple Brightness Applet: permite alterar o brilho da tela de forma rápida e fácil, assim como deixá-la sempre acesa (retângulo verde da imagem 2).

Simple FMTX desktop widget: para habilitar/desabilitar o transmissor FM direto do desktop (retângulo verde da imagem 1).

rootsh: permite usar o terminal como root, de forma mais segura.

FM Radio Player: como o nome diz, o aplicativo que comentei aqui. Apesar que nos testes que fiz a recepção ficou bem ruim.

imagem 1

imagem 2

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Thetering via bluetooth

Tethering é o terror de muita operadora de telefonia celular: é a capacidade de um aparelho de ser usado como se fosse um modem, compartilhando a própria conexão com a internet. Isso é tão detestado por elas que muitos aparelhos são vendidos com essa possibilidade bloqueada. O motivo de tanto ódio é que isso tira a possibilidade delas de venderem um outro produto: os modens 3G!!

O N900 permite fazer o tethering, tanto via cabo USB quanto por bluetooth.

A conexão via bluetooth é excelente, pois você fica livre de qualquer cabo (apesar que a conexão via USB vem com uma vantagem extra: ao mesmo tempo que usa a internet através do aparelho, também recarrega a bateria). Mas o tethering via bluetooth está desabilitado por padrão no N900! E não há uma forma gráfica de habilitá-lo (por enquanto).

É necessário apelar para o terminal para poder usar tethering via bluetooth….há duas formas: a temporária e a quase-permanente.

Na forma temporária, basta rodar este script no terminal:

sdptool add –channel 1 DUN
while true; do
rfcomm -S — listen -1 1 /usr/bin/pnatd ‘{}’
sleep 1
done

Observação: para rodar o script, é necessário ser root. O script pode ser criado com qualquer nome, qualquer extensão (por padrão, no GNU/Linux os scripts possuem extensão .sh). Após estar criado, entre como root e rode o comando “chmod +x ” (sem aspas). O comando chmod é utilizado para mudar as permissões dos arquivos. O parâmetro “+x” faz com que o arquivo possa ser executado (no GNU/Linux não é a extensão do arquivo que determina se ele é um executável, mas uma propriedade/permissão dele).

O script deve ficar rodando num terminal até que o tethering não seja mais necessário. Para finalizá-lo, basta pressionar Control+C.

A forma quase-permanente consiste em criar um outro script e colocá-lo num diretório específico. Este é o script:

description “DUN over Bluetooth”
author “Philip Langdale”

respawn
console none

start on started bluetoothd
stop on stopping bluetoothd

pre-start script
# XXX: bluetoothd should do this in post-start
while [ ! -e /var/run/sdp ]; do
sleep 1
done
sdptool add –channel 1 DUN
end script

exec rfcomm -S — listen -1 1 /usr/bin/pnatd ‘{}’

post-stop script
sdptool del `sdptool browse local | grep Dial-Up -A 1 -m 1 | tail -n 1 | cut -d ‘ ‘ -f 3`
sleep 1
end script

(ele foi alterado para que seja executado corretamente na inicialização do aparelho)

Complicado, né?? Existe uma outra forma mais simples de consegui-lo. Abra o terminal, vire root, digite o comando “wget http://intr.overt.org/misc/bluetooth-dun”. Caso apareça a mensagem de que o comando wget não foi encontrado, digite isto: “apt-get install wget”. O comando “apt-get” é utilizado para instalar/remover programas/pacotes via linha de comando (rigorosamente a mesma coisa que o gerenciador de aplicativos faz de forma gráfica, mas muito mais poderoso). O “wget” é utilizado para baixar alguma coisa da internet (qualquer coisa! Pode ser uma página html, um arquivo, uma figura, até um site inteiro…é um comando extremamente poderoso, e vale a pena conhecê-lo mais).

O script deve ficar no diretório /etc/event.d. Para iniciá-lo, basta digitar “start bluetooth-dun” (considerando que seu nome é “bluetooth-dun”). Uma vez iniciado, só será preciso reiniciá-lo quando o N900 for desligado e ligado novamente. Ainda não descobri como fazer com que o script seja executado automaticamente na subida do sistema. (o autor o atualizou para que ele fosse iniciado automaticamente ao ligar o aparelho).

Caso seja necessário pará-lo, é só usar o comando “stop bluetooth-dun”. Não é preciso alterar a permissão de execução dele.

O fato de ficar rodando em background praticamente não interfere na utilização do aparelho, pois ele fica parado até que o bluetooth seja ligado…portanto, não consome CPU (e consequentemente bateria).

O autor pretende criar um pacote com o script, e aí talvez ele consiga configurá-lo para que a inicialização seja automática também.

fonte: Wubble e sua correção

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Para corações fortes

fonte: Engadget.

Poder de processamento

Este vídeo mostra 28 aplicações rodando ao mesmo tempo no aparelho.

É uma pena que, até agora, aparentemente nenhum dos usuários que fizeram esses vídeos (e que consequentemente tiveram acesso ao N900) tenha conhecimentos em Linux. Seria muito fácil mostrar o real poder de processamento abrindo um terminal e rodando um programinha bem simples que mostre a memória livre e o uso da CPU, como o top (que geralmente já vem na maioria das distribuições Linux, e que deve estar no aparelho) ou o htop (que é um pouco mais completo que o top, e se não existir nativamente basta compilá-lo, já que os fontes estão disponíveis).

fonte: rodrigostoledo.com

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Teste de bateria

Foi feito um teste interessante de uso de bateria tocando arquivos musicais codificados em MP3 e em Ogg.

Antes uma breve explicação sobre os formatos musicais. Todos conhecem o MP3. O problema é que o codificador, utilizado para transformar o arquivo musical em MP3, é patenteado e tem seu uso restrito. Assim como o decodificador (utilizado para tocar o MP3). Em alguns países, o dono da patente (Instituto Fraunhofer) tenta cobrar royalties sobre a utilização do MP3.

O formato Ogg veio como uma solução open-source, gratuita, e teoricamente superior ao MP3. Mas justamente pelo MP3 estar tão difundido, o Ogg não faz muito sucesso.

Voltando ao teste…qual é a real utilidade dele? Num aparelho móvel, a gargalo é sempre a bateria. Então quanto menos você exigir dela, maior é a sua mobilidade.

O teste consistiu em descobrir qual dos dois formatos de arquivos consumiria mais bateria (ou seja: faria o aparelho ter uma autonomia menor). Foram testadas duas versões da biblioteca de decodificação Ogg. Numa das versões concluiu-se que o MP3 gasta menos, mas com a outra versão, o consumo foi quase igual (levando em consideração possíveis margens de erro).

A questão é saber quem terá sucesso nessa guerra: a Nokia melhorando o algoritmo de decodificação do MP3, ou a comunidade com Ogg?

Testes assim podem parecer a princípio sem utilidade. Mas um pequeno ganho na autonomia da bateria pode garantir muito tempo se divertindo a mais sem se preocupar com a carga do aparelho, ou de ficar na mão!

fonte: Tuomas Kulve, via Maemo.org

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