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EXIF: o motivo do N900 rotacionar as fotos

No fórum surgiu a dúvida de porque algumas imagens o N900 rotaciona automaticamente, ao invés de todas.

No Zeletron foi publicado um texto sobre uma falha de segurança do iPhone relacionada ao georeferenciamento (geotagging).

O que esses dois aspectos tem em comum? Uma sigla: EXIF. Ela significa Exchangeable image file format.

É uma especificação de como gravar determinados dados nas fotografias tiradas. As informações vão desde dados técnicos da foto (com ou sem flash, tempo de abertura, exposição, contraste, etc.) até informações sobre quem tirou a foto (o aparelho) e também as informações de georeferência.

Ali no meio existe um campo chamado orientation que diz qual parte da foto deve ser considerada como o canto superior esquerdo (ou seja, diz se a foto foi tirada no modo retrato, paisagem, de ponta-cabeça, etc.). Por exemplo, uma foto de ponta-cabeça indicará bottom right, que significa “rodapé direito”. Isso quer dizer que na verdade o rodapé direito deve ser considerado o topo esquerdo….portanto a foto deve ser rotacionada 180 graus para ser exibida no “plano original”.

Então se a foto ou imagem não possuir esse campo, o aparelho não tem como saber qual é a posição correta, e vai exibir a imagem do jeito que ela está gravada! Isso explica porque nem sempre a foto é rotacionada. Se o N900 não sabe qual é o topo esquerdo da foto, como é que ele vai rotacioná-la corretamente?

Quanto ao problema levantado no Zeletron, ele não é exclusivo do iPhone. Ele vai acontecer em todo e qualquer equipamento que grave as informações de georeferência na foto. Seja esse equipamento, com GPS, um celular ou uma máquina fotográfica.

Acredito que hoje em dia a maioria dos serviços de armazenamento online de fotos coloca automaticamente as imagens num mapa quando a informação está presente no arquivo. No Flickr, por exemplo, você pode dizer que o local onde a foto foi tirada só pode ser visto por seus contatos marcados como família. Isso impediria que qualquer um visse onde a foto foi tirada.

Pois é….impediria é o tempo verbal correto, pois se você deixa os dados EXIF disponíveis para qualquer um olhar, e a foto possui as tags de georeferência, basta olhar ali para saber exatamente onde ela foi tirada, com latitude e longitude.

Por isso, muito cuidado aonde você coloca suas fotos, pois a sua privacidade pode facilmente ir para o espaço.

MMS para todos…em tese!

O autor do fMMS fez um post no próprio blog, sobre a nova versão. Disse que o MMS deveria passar a funcionar de forma mais fácil e integrada no novo lenda-firmware. Mas que há um jeito de já fazê-lo funcionar no atual.

É só copiar um arquivo do SDK para dentro do aparelho. O que esse arquivo tem de especial? Muitas pessoas devem ter ficado impressionadas em como o aparelho reconhecia e se configurava ao inserir o chip, principalmente as conexões à rede de dados da operadora.

Eu também pensei durante algum tempo que essa informação estivesse no chip, e por isso que o aparelho conseguia ler e fazer a configuração. Ou então que ele reconhecia automaticamente os SMS que a operadora enviava com as configurações. Mas não!! Esse arquivo mágico é que possui as configurações! Na prática o aparelho lê do chip qual é a operadora, e vai nesse arquivo buscar as informações necessárias para fazer as configurações.

E nesta nova versão do firmware o arquivo possui também as configurações para MMS. Abrindo-o busquei as informações sobre operadora brasileiras, e encontrei várias: Vivo, Sercomtel, Brasil Telecom, TIM, Oi, CTBC, Claro e Amazonia Celular. De todas essas, estranhamente, não havia configuração de MMS para a TIM. Portanto se você é dessa operadora, e o fMMS funciona, não recomendo muito alterar as coisas, a menos que queira testar e voltar atrás depois, se for o caso.

De qualquer forma, disponibilizo o arquivo que está instalado no meu SDK, e que copiei pro meu aparelho pra testar, pra download aqui.

Você deve baixá-lo, descompactá-lo, e copiá-lo para o diretório “/etc” do N900, como root. Para fazer isso, copie o arquivo (já descompactado) para o MyDocs, e via terminal (como root) digite estes comandos:

mv /etc/operator_settings /etc/operator_settings.backup
mv /home/user/MyDocs/operator_settings /etc

A primeira linha é para fazer um backup do arquivo atual, e a segunda é para copiar o novo.

Recomendo usar o fAPN para remover as configurações criadas para o MMS. Para fazer o aparelho reconhecer e configurar corretamente as conexões deve existir alguma forma mais simples, mas eu optei pela forma troglodita: desliguei, retirei o chip, liguei, desliguei, recoloquei o chip. Não sei dizer se apenas reiniciando já reconhece tudo (não fiz esse teste).

Após isso é só iniciar o fMMS e as configurações corretas já devem aparecer nele. No meu caso, ao iniciar o programa ele morria, sem motivo aparente. Então o iniciei pelo terminal para tentar descobrir qual era o problema, e por lá ele iniciou sem erros. Caso isso aconteça com você também, abra um terminal no N900, e digite isto:

/opt/fmms/fmms_gui.py

Importante: NÃO pode estar como root!

Depois disso tudo fiz um teste enviando um MMS para meu número mesmo, e foi com total sucesso!! E detalhe: como configurei o fMMS para usar o modo havoc, a minha conexão à internet não foi finalizada para que o MMS saísse e entrasse. Há 3 configurações possíveis para o fMMS:
polite: somente habilita a conexão do MMS se não houver outra conexão ativa
rude: automaticamente derruba a conexão ativa, habilita a do MMS, e ao terminar religa a conexão anterior
havoc: tenta abrir duas conexões em paralelo. O autor avisa que neste modo as coisas podem nem sempre funcionar direito, e que se a conexão não for aberta e fechada de forma correta o modem interno pode não conseguir mais abrir nenhuma conexão GPRS até que o aparelho seja reiniciado. Mas que em 2 meses de utilização nesse modo ele nunca teve problemas. Quando configurado desta forma, a conexão de MMS não aparece nas configurações do aparelho (ali onde se configuram as conexão à internet).

Portanto o funcionamento do programa pode ficar igual a qualquer outro aparelho que tenha MMS de fábrica!! Só falta realmente o fMMS ficar mais bonito, e permitir enviar qualquer arquivo, não apenas fotos.

E se tudo funcionar corretamente, pode remover o fAPN.

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Enviando fotos ao Twitpic

Nesta semana eu quis enviar uma foto, via Twitter. Tirei a foto, abri o editor de imagens, recortei para que apenas o que eu quisesse fosse postado, salvei a foto, e pensei: e agora???

O Tweego ainda não envia fotos no post, então tinha que ir de Witter. Só que eu removi o Witter, pois ele é muito confuso para usar, e mais confuso ainda para enviar uma imagem.

Sem contar um pequeno detalhe: é uma tremenda mão de obra!! Você tira a foto, edita, salva, abre um programa para enviá-la, insere a foto, edita o texto, e envia.

Por que não fazer isso diretamente, logo depois de editar a foto, via o serviço de compartilhamento (aquele que permite enviar para o Flickr, Ovi, e afins)?

Já sabia da existência dessa possibilidade através dos serviços da Pixelpipe. Porém, acho absurdo ter que me cadastrar num serviço para usar outro serviço. Além de redundante, é uma forma de mais uma empresa ter meus dados.

Então pensei em fazer um plugin para envio das imagens diretamente ao Twitpic. Mas o Lito me avisou da existência do Sharing plugin for Twitpic. E o instalei.


O programa está no repositório extras-devel.

A configuração dele é feita através do menu de configuração do aparelho, opção contas de compartilhamento. Basta incluir uma nova, selecionar o Twitpic, e digitar o usuário e a senha.

À partir daí, no menu de compartilhamento aparecerá uma opção para o Twitpic. Somente o que for digitado no campo descrição é que será enviado ao site (e consequentemente aparecerá no Twitter).

Detalhe: os dois testes iniciais que fiz demoraram um bocado para aparecerem no site (muitos minutos), e pela indicação da tela do N900 parecia que não tinha ido (tanto que a princípio eu os havia cancelado).

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Trackerd: rastreando arquivos

Já parou para se perguntar como é que o N900 coloca as músicas no Media Player automaticamente? Ou como as fotos aparecem no aplicativo correspondente?

Simples: existe um processo rodando em segundo plano, que fica monitorando diretórios específicos e cadastrando o que ele encontra nos devidos lugares. Se você abrir o terminal (ou via SSH), poderá verificar a existência dele digitando o comando abaixo (o “~ $” não faz parte do comando…ele é útil para identificar em qual diretório estamos, que é o “~”, também conhecido como “home”, e como usuário comum, identificado pelo dólar, “$”…se estivéssemos como root, o símbolo seria a cerquilha, “#”):

~ $ ps -ef | grep trackerd
 1138 user     33120 S N  /usr/lib/tracker/trackerd
 8265 user      2092 S    grep tracker

Existem alguns comandos que podem ser usados no terminal para verificar informações sobre o processo rodando. Por exemplo, ao usar o “tracker-stats” tenho este resultado:

~ $ tracker-stats
Statistics:
  Applications = 98
  Documents = 29
  Files = 2269
  Folders = 154
  Images = 145
  Music = 1886
  Other = 39
  Playlists = 0
  Text = 13
  Videos = 3

Não consegui encontrar lá muitas informações sobre todos os comandos, mas todos os que se iniciam com “tracker” fazem parte do “pacote todo”….para vê-los, basta digitar “tracker” e dar um (ou mais) TABS, para o auto-complete.
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OCR: mais sobre o assunto

Eu já falei um pouco sobre reconhecimento ótico de caracteres quando comentei sobre o PhotoTranslator.

Um usuário do N900 resolveu brincar com isso também, inspirado pelo PhotoTranslator. Como ele não é muito paciente (afinal, tem que esperar os desenvolvedores do programa o disponibilizarem), resolveu por sua conta brincar com o assunto.

O que o rapaz (que também é o autor do Witter, o único cliente para o twitter disponível atualmente para o N900) fez foi bem simples: ele baixou o Tesseract, que é o pacote de reconhecimento utilizado pelo pessoal do PhotoTranslator e o compilou, sem problema nenhum.

Aí ele precisou de algo para converter as fotos tiradas pelo N900, que são gravadas em JPEG, para TIFF, que é o formato utilizado pelo Tesseract. Ele usou o ImageMagick. Novamente, apenas o downlaod e a compilação.

E fez alguns testes de reconhecimento….na minha concepção, a coisa até que foi bem! As imagens que ele reconheceu e o resultado podem ser vistos no site dele.

Não há nenhum programa, nem compilação de nada, pois a intenção é apenas mostrar que é possível. Isso pode abrir algumas possibilidades, como aquele programa para Symbian que digitaliza cartões de visita, e insere os dados na agenda do aparelho.

fonte: Daniel Would’s Weblog

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O N900 numa viagem

Eu aproveitei este feriadão de carnaval para viajar. Na verdade não foi no feriadão todo pois voltei no domingo. Fui até Foz do Iguaçu, e aproveitei para testar o N900 em algumas coisas.

A primeira foi o Ovi Maps. Fora o detalhe de, às vezes, eu estar no meio do nada, totalmente fora de qualquer estrada, ele se comportou bem. Não capotou nenhuma vez, traçou as rotas que pedi direitinho (só se perdeu, como disse, na estrada….mas não comprometeu pois não haviam muitas opções nesses lugares: era seguir em frente ou retornar).

Mas a ausência do recálculo automático da rota e da navegação por voz foi sentida. E bastante! Por umas 3 ou 4 vezes eu peguei a saída errada ou virei na rua que não devia porque, obviamente, não podia ficar olhando pro aparelho. Então quando podia olhar, percebia que tinha ido pro lado errado. E sem o recálculo me sobrava parar o carro e pedir pra traçar a rota novamente, ou tentar voltar para a rota previamente traçada.

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Por que câmera de 5 megapixel?

Essa é uma pergunta que algumas pessoas se fazem, já que as câmeras fotográficas mais comuns por aí já estão na casa dos 20 megapixel, e há alguns celulares com 8 ou 10.

A primeira coisa a se ter em mente é que a quantidade de pixels não determina a qualidade da foto. Principalmente dependendo do que se irá fazer com ela! Uma câmera VGA (640×480, ou 0,3 megapixels) pode fazer uma foto fantástica para ser exibida num site, mas impressa essa mesma foto ficará horrível.

Para que uma foto seja feita, é necessário que a luz chegue até o sensor, que possui os pixels que fazem a leitura. Aí temos dois problemas: a quantidade de pixels e o tamanho do sensor.

Quanto maior o sensor, mais pixels podemos colocar nele, e portanto maior resolução terá a foto. Só que sensores grandes ocupam grandes espaços. E num celular isso não é viável! Portanto, o que se faz é colocar milhares de pixels em pequenos espaços no sensor. Só que quanto mais pixels você coloca no menor espaço possível, mais luz precisa chegar até eles para que a captura da foto seja satisfatória. E aí entra outro problema: o tamanho do obturador! Ele não pode ser grande, pois, novamente, espaço é algo precioso num celular.

Então é preciso chegar a um denominador comum entre tamanho do sensor, quantidade de pixels, e tamanho do obturador. É necessário que uma quantidade satisfatória de luz chegue até o sensor. Se essa luz for insuficiente, a foto ficará escura ou granulada.

E além disso tudo, há um outro ator nessa história: o software de tratamento da foto! O que o sensor captura ainda passará por um software que cuidará da foto, antes que ela seja efetivamente armazenada na memória do aparelho. Alguns fotógrafos costumam tirar suas fotos apenas em formato RAW. Esse formato é a representação num arquivo daquilo que o sensor leu. Depois ele precisa ser tratado em softwares específicos (como o Photoshop).

Há vantagens em ter a fotos no formato RAW, como ter o original sempre ali, disponível, para novos tratamentos. Mas é necessária uma senhora mão de obra….é como ter o negativo da foto: para vê-la, você precisa primeiro revelá-la.

Isso tudo explica como é possível ter fotos ótimas tiradas com um iPhone, que possui uma resolução menor do que um N95.

Mais megapixels não significam fotos melhores.

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A novela do MMS

Quando o iPhone foi lançado, uma das maiores fontes de reclamação, indignação e até de chacota era a ausência do MMS no aparelho. Até eu brinquei com isso.

Mas analisando a coisa toda friamente, um fato deve ser considerado: o MMS é assim tão necessário mesmo? Eu não me lembro quando foi a última vez que enviei um. E não lembro quando foi que recebi um. Com certeza recebi alguns este ano….mas com certeza também, acho que não enviei nenhum neste ano!

Além do que, há um outro detalhe muito importante: o N900 não é um celular! Ele é um internet tablet. Muito mais importante do que ter MMS é o aparelho poder enviar as fotos pra internet, publicar no Flickr, no Twitter, mandar por email, e por aí vai….e isso ele faz com louvor. Até porque qual é a utilidade de ter um aparelho com câmera de 5 megapixel se as fotos enviadas por MMS precisam ser pequenas?

De qualquer forma, a possibilidade de adicionar o suporte a MMS está em estudo, e muito provavelmente isso virá em breve, ou de forma nativa (com uma atualização de firmware) ou através de programas de terceiros.

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